Mary Luz Vanegas León; Patricia da Rosa. 2019. Eugenia inversa (Myrtaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019), com ocorrência nos estados: ESPÍRITO SANTO, município Conceição da Barra (Giaretta 1355), Pedro Canário (Farney 4880), São Mateus (Souza 528), Sooretama (Souza 524).
Árvore de até 16 m de altura, endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019). Foi coletada em Floresta Ombrófila e Restinga associada a Mata Atlântica no estado do Espírito Santo, nos municípios Conceição da Barra, Pedro Canário, São Mateus e Sooretama. Apresenta EOO=1529 km², AOO=36 km² e está sujeita a 3 situações de ameaça. A exploração de florestas naturais no Espírito Santo teve um caráter predatório até a década de 1970, as áreas desmatadas foram usadas principalmente para silvicultura, e áreas de pastagem (Siqueira, et al. 2004; Lapig, 2018; Lapig, 2019). Atualmente Espírito Santo possui 10,50% da Mata Atlântica original (SOS Mata Atlântica e INPE, 2019). Além disso a espécie ocorre em áreas de Restinga, onde a especulação imobiliária e o turismo promovem a degradação do ecossistema (Hay et al., 1981; Rocha et al., 2007; Carvalho, 2018). Diante o exposto, infere-se o declínio contínuo em qualidade de habitat, além de potencial redução nos valores de EOO e AOO. Assim, E. inversa foi considerada Em Perigo (EN) de extinção neste momento, demandando ações de pesquisa (tendências e números populacionais) e conservação (estabelecimento de UCs e programas de conservação ex situ).
Descrita em: Sida 21: 1465. 2005. Segundo Sobral, (2005) a espécie é EN B1 ab(iii).
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.2 Ecosystem degradation | 2.2 Wood & pulp plantations | occupancy | past,present | regional | high |
Entre 1967 e 1986, o Governo Federal implantou o Programa de Incentivos Fiscais ao Reflorestamento que, no Espírito Santo, promoveu a ocupação de extensas áreas com plantios homogêneos, principalmente Eucalyptus e Pinus, mudando o enfoque da exploração florestal de áreas naturais para plantadas, alterando também o perfil industrial, de madeireiro para celulose, através da implantação de importante pólo de celulose nos cenários regional e nacional. Atualmente o Estado do Espírito Santo é o primeiro produtor e exportador mundial de celulose branqueada de fibra curta, representado pela Aracruz Celulose S.A. (Siqueira, et al. 2004). O município de Conceição da Barra de 118489 ha tem 32,7% de seu território (38794 ha) transformado em floresta plantada (Lapig, 2018). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 5.3 Logging & wood harvesting | habitat,mature individuals | past | regional | high |
A exploração de florestas naturais no Espírito Santo teve um caráter predatório e entrou em declínio no final da década de 1960 e início da década de 1970, com o esgotamento das reservas florestais nativas e com o aumento do custo de transporte de madeira proveniente de áreas mais distantes (Siqueira, et al. 2004). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.2 Ecosystem degradation | 2.3 Livestock farming & ranching | local | high | ||
O município de São Mateus com 233870 ha, tem 20% de seu território (46329 ha), transformados em pastagem. O município de Pedro Canário com 97313 ha tem 35% de seu território (33679 ha) transformados em pastagem. O município de Conceição da Barra de 118.489 ha tem 8,8% de seu território (10489 ha) transformado em pastagem (Lapig, 2018). O município de Sooretama (ES) com 58641 ha tem 11,04% de seu território (6478 ha) convertidos em pastagem (Lapig, 2019) | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.2 Ecosystem degradation | 1.3 Tourism & recreation areas | habitat | past,present | regional | high |
A Restinga é um ambiente naturalmente frágil (Hay et al., 1981), condição que vem sendo agravada pela forte especulação imobiliária, pela extração de areia e turismo predatório, além do avanço da fronteira agrícola, introdução de espécies exóticas e coleta seletiva de espécies vegetais de interesse paisagístico. A pressão exercida por essas atividades resulta em um processo contínuo de degradação, colocando em risco espécies da flora e da fauna (Rocha et al., 2007). As Unidades de Conservação até então existentes, não foram suficientes e capazes de deter a forte pressão antrópica sobre os ambientes, especialmente pelas ações ligadas à especulação imobiliária e à indústria do turismo (Carvalho, 2018) | |||||
Referências:
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Ação | Situação |
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1 Land/water protection | on going |
A espécie foi coletada em: RESERVA BIOLÓGICA DE SOORETAMA (PI), PARQUE ESTADUAL DE ITAÚNAS (PI), FLORESTA NACIONAL DE RIO PRETO (US), RESERVA BIOLÓGICA DO CÓRREGO GRANDE (PI). |
Ação | Situação |
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5 Law & policy | needed |
A espécie ocorre em um território que será contemplado por Plano de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF pró-espécies: todos contra a extinção: Território Espírito Santo- 33 (ES). |
Uso | Proveniência | Recurso |
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17. Unknown | ||
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais. |